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 Sep 13

BICICLETAS TEM MAIOR ADESÃO NA PANDEMIA, PEÇAS COMEÇAM A FALTAR E PREÇOS PODEM TER AUMENTO


A tendência é que o "otimismo se mantenha para o ano que vem, isso porque muitos desses novos ciclistas que entraram na pandemia vão continuar", revela Isacco Douek, diretor da Abradibi

Em tempos de isolamento e distanciamento social, muitos brasileiros se renderam às bicicletas como opção de transporte, atividade física e lazer. No auge da pandemia no país, as vendas no segmento aumentaram.

Foram nas capitais brasileiras onde houve a maior adesão às bicicletas, seja para evitar as aglomerações em transportes públicos ou se adaptar às medidas de distanciamento social. As mais procuradas são as chamadas "bicicletas de entrada", comumente usadas para fins recreativos ou amadores. A média de gasto gira em torno de R$ 800 a R$ 2 mil. Isso porque o preço está inflacionado por conta da demanda e da dificuldade para compra de peças do exterior.


"Tudo o que é possível fabricar se vende", afirmou Isacco Douek, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira da Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Bicicletas, Peças e Acessórios (Abradibi)

Foto: Eduardo Santos/Arquivo Revista Bicycle

As importações desses componentes equivalem a cerca de 80% no mercado nacional, a maioria oriunda da Ásia, especialmente da China. Com a alta significativa das vendas na pandemia, o abastecimento de vários centros, entre eles o Brasil, foi prejudicado. Tal consequência explica parte do prejuízo nos primeiros meses de quarentena no país. Mas, apesar da melhora, os problemas com atrasos de entrega seguem ocorrendo e impedem um crescimento ainda mais robusto.

"Só não se vende mais porque a cadeia de produção não conseguiu obviamente acompanhar a demanda, que foi muito mais forte. A procura está bem maior do que a capacidade da indústria de entregar. Vamos aumentar menos do que poderíamos, mas vamos aumentar bastante. Tudo o que é possível fabricar se vende", afirma Isacco Douek, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira da Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Bicicletas, Peças e Acessórios (Abradibi).

A expectativa de quem atua no setor é de que cerca de 70% do volume de importações esteja normalizado no próximo mês. Eles projetam que o faturamento anual suba pelo menos entre 30% a 40%, graças à proporção das vendas e ao preço, que encareceu devido às altas do dólar, de matérias-prima e commodities, além da própria demanda. A tendência é que o otimismo se mantenha para o ano que vem, quando o consumidor deve pagar menos pelas bicicletas, por exemplo, pela redução de impostos referentes a partes de montagem.

"Não vai ser uma loucura como essa em que a demanda aumenta 200% ou 300% por mês. Isso não é normal. Porém, muitos desses novos ciclistas que entraram na pandemia vão continuar. Não vai ser como agora, mas o produto bicicleta vai estar num patamar bem mais animado do que estava em 2019. Em geral, todo esse pessoal que migrou de um esporte, mesmo que esse esporte volte a ser praticado, vai continuar com a bike. Estou imaginando algo em torno de 30 a 40%. Vamos ter um crescimento firme, bastante consistente", projeta Douek.

Com informações da: Revista Época


Lojistas recuperaram faturamento perdido no início da pandemia com alta das vendas de bicicletas

Foto: Cleber Anderson/Aliança Bike/Divulgação



autor do artigo

Eduardo Santos

Diretor de Redação da Revista Bicycle

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